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Tão poderosa a palavra...
Como as pessoas, os indivíduos, no atacado, então, tem capacidade tamanha que imensurável, tanto quanto irretratável até mesmo pelo propalador, que após exercer a autoria e externá-las, perde imediatamente o controle sobre seus tamanhos, repercussões, interpretações, usos, alcances, modos de recepção, impressões e, sobremaneira, sentimentos delas nascidos.
Capazes de fazer notar para além da postura e do pensamento efetivo de quem as materializam, na mesma proporção que pode induzir a erros a respeito da real intenção, ou mesmo personalidade, de quem que as diz ou disse.
Quanto cuidado, cautela e apuro reclamam, por exemplo, deste rascunho de ensaísta que, duas vezes ao mês, se dirige ao senhor e a senhora, com anseios mil a dizer, das formas mais diversas e que, por respeito e mesmo bem-querer, tem alteradas sua maneira (na forma, nunca conteúdo) na senda de ser compreendido, não acatado.
Acho que foi Aristóteles e, claro, a certeza está logo aqui, na página de trás do computador (mas não tenho tempo, tampouco acho leal ir ao Google para simular memória e conhecimentos invulgares) quem afirmou que "o sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz", o que, ainda que à ora da literalidade, é lição merecedora ao menos de atenção.
Custa-me aceitar, e não sei se conseguirei um dia, ver o desrespeito e a ofensa com cores de franqueza.
Isto, pois, vejo o primeiro e a segunda como vícios de caráter, ausência até mesmo daqueles exemplos caseiros que ternamente guardamos em imagens de pais, mães, e outros ascendentes que nos mostravam como fazer, ou nos exortavam o cumprimento e a reverência, outrora símbolos de fidalguia. Coisas de família, berço, jamais somente de bancos escolares ou acadêmicos.
Princípios, valores, tantos por de trás das posturas que aprendemos que, se não exercidos por espontânea vontade, novamente, pelo respeito a quem nos assim ensinou a agir.
Ora, não ser ofensivo, medir as palavras, ser afável, franco, sustentador dela, de novo, a palavra, agir com hombridade, honorabilidade, sensibilidade, empatia e, principalmente, ser boa gente por atos, pensamentos, ditos, pensamentos e feitos.
Rechaçar, repudiar e nunca, jamais, em hipótese alguma, tolerar ou incidir em covardia diante do que se têm por errado, principalmente ante aos que não podem se defender, pois, assim, o contrário, tornaria o pecado do proveito da vulnerabilidade e incapacidade de defesa, uma falta hedionda.
Para além de todas essas obrigações morais, observância de ditados e nortes paternos e maternos, como familiares de toda a natureza, ser e agir à luz de tais procederes, nos era prometido, e se assim chega a ocorrer, nos afortuna com ambientes sadios, construtivos e, mais que agradáveis, salutares.
Não é hipocrisia, é decência.
Experimenta, presidente. Vá que Sua Excelência goste.